sábado, 26 de outubro de 2013

Desafio Nº 28 - Maratona de Foz

Em 29 de setembro participei da minha 28ª prova e minha terceira maratona, com a Graça de Deus!
 
Aliás, primeiro tenho que agradecer a Deus pela saúde para alcançar a glória nas corridas. Depois, ao meu amigo Alzemar que me ajudou na preparação para mais este desafio, ao meu irmão e minha sobrinha que me acompanharam durante dois km, foi muito emocionante vê-los na altura do km 30, a minha noiva pela parceria e incentivo e a todos aqueles, familiares e amigos, que direta ou indiretamente torceram por mim.
 
Para quem já correu a Maratona de Foz conhece o percurso sabe que esta é a maratona mais difícil do Brasil. Sobre dois aspectos, o percurso com muito sobe e desce e o clima, normalmente quente. Por isso que o meu plano para este desafio foi completar a prova, independente de tempo, foi o que combinei com o meu amigo Alzemar: vamos até o final sem caminhar.
 
Como nas outras duas maratonas, aqui em Foz ano passado que parei no km 39 e na de Porto Alegre este ano, tive que caminhar, o objetivo este ano era somente correr, para enfim se considerar um "Maratonista"!
 
A maratona começa muito antes do dia da prova. A maior dificuldade é fazer os treinos longos para o corpo se adaptar a tanto tempo correndo, independente de ritmo. Por isso que foi importante fazer quatro treinos longos, acima dos 24 km.
 
No dia da prova, eu estava muito confiante de que este na seria a glória e que completaria a prova.
A largada aconteceu às 6:30, meia hora mais cedo em relação ao ano passado, o que foi bom porque ainda estava escuro e o clima ameno.
Comecei a corrida bem tranquilo, bem de boa, sabendo que a havia muito chão pela frente. Desde o início controlei para ir em 6 min por km. No início até estava conversando com um corredor que conheci durante o percurso dentro da Itaipu Binacional. Logo depois, meu amigo Josiel me alcançou e fomos lado a lado igual ano passado. Relembramos vários momentos do ano anterior, e não podia perder o foco para completar firme e forte.
Seguiamos imaginando alcançar o Alzemar que saiu na frente porque saiu na categoria comerciário, mas o nosso ritmo estava muito tranquilo e nem perto de vê-lo a nossa frente.
Nos primeiros km o ritmo estava em torno de 5:30, um pouco mais, e como o sol estava fraco, às subidas da Av. Brasil e do Iguassu Boulevard foram superadas sem diminuir o ritmo. A primeira subida da Av. das Cataratas é uma das mais difíceis, muita gente já começa a dar uma fraquejada.
 
Quando chegamos na altura do Hotel Mabu, já foram 21 km, havia a troca do chip para quem estava no revezamento e meu tempo naquele momento era em torno de 1h58min, ritmo de 5:36 por km, quem sabe eu mantivesse o ritmo e viria um sub 4 horas, já começava a sonhar...
 
Desde então decidi que não olharia mais no relógio, iria somente com a sensação de esforço. Na altura do hotel Carimã o sol deu o ar da graça e começou a ficar mais difícil o esforço. Entre o sobe e desce, eis que vejo meu irmão e minha sobrinha a beira da estrada vendo os corredores passarem e torcendo por mim, foi emocionante eles terem prestigiado eu passar correndo, deu até uma injeção de ânimo.
 
Próximo ao km 28 minha sobrinha desceu do carro e resolveu me acompanhar correndo. Essa Bruna é uma figura! Me acompanhou por quase 2 km num ritmo de 6 min por km, mais ou menos, com apenas 10 anos de idade,  até a entrada do Parque Nacional do Iguaçu. Lembrei do ano passado quando tive que caminhar na subida antes da entrada, e que agora superei na raça. Deu até uma vontade de caminhar, o psicológico puxou pra baixo, mas pedi a Deus para manter a corrida, porque caminhando eu sei que iria "travar" as pernas.
 
Da entrada do Parque até às Cataratas foram 12 km superados, muito mais pela cabeça do que pelas pernas. Aliás tive que correr sozinho porque o Josiel teve que caminhar um pouco. Segui firme com ajuda de 3 carboidratos em gel até então. Depois disso foi só na banana, isotônico e Coca-Cola, aliás muito boa a estrutura da prova: melhor do Brasil!
 
Nos últimos km foi na raça, brigando com a cabeça. A marcação dos km demoravam a chegar, dentro do Parque só tem arvores e mato, eu acho mais difícil correr sem movimento de ruas, carros e pessoas. Mas fui no esforço, passadas pequenas, imaginando logo chegar.
 
Eis que encontro meu amigo Alzemar no km 35, passei por ele e disse vamos lá, não esquece o combinado: "até o final sem caminhar"! 
 
A "peleia" continuava e o fim demorava a chegar. Encontrava um ou outro corredor e íamos na mesma passada. O que me motivava era que eu passava vários corredores que estavam num ritmo ainda menor que o meu, e outros que "quebraram". Eu jogava água na cabeça, nas pernas e seguia pensando na penúltima subida que é a mais complicada na altura do km 40.
 
Quando cheguei ao Hotel das Cataratas foi emocionante ver a queda das águas e um pessoal incentivando pois faltava pouco menos de 2 km e eu já passava de 4 horas de prova. Na sequência, após uma descida eis que chega a última subida, e nela vejo a cena mais triste em corridas de rua, onde os paramédicos estavam socorrendo um corredor, tentando reanimá-lo. Infelizmente, ele morreu.
 
Eu continuei apenas para fechar a prova abaixo de 6 min por km, em menos de 4h12min.
 
Foi maravilhoso, a glória, a bênção de Deus ver a linha de chegada da maratona mais difícil do Brasil, completar sem caminhar em 4:09:30, ritmo de 5:55min/km, para enfim se tornar um "maratonista".
 
Depois da prova, o pessoal da organização estava de prontidão para qualquer problema de saúde que pode acontecer numa prova tão longa e tão fascinante como é a maratona. Eles perguntam: "está tudo bem?", mas na minha opinião tinham que perguntar: "onde dói?". Só vemos corredores mancando, com expressões de dor e ao mesmo tempo feliz por encarar um longo desafio, inclusive eu.
 
O meu plano básico era completar sem caminhar, o que consequentemente viria um tempo abaixo de 4h22min que obtive em Porto Alegre. Um segundo plano seria correr abaixo de 4h12min, que seria sub 6min por km: objetivos alcançados! só não veio um sub 4 horas, o que não diminuiu a minha alegria. 
 
Alzemar fez em 4:11:03 e o Josiel em 4:25:00
 
 
Dados pessoaisProva - 7ª Maratona Internacional de Foz
Cidade - Foz do Iguaçu - PR
Distância - 42,195 km
Tempo - 4:09:30
Ritmo - 5:55
Velocidade média - 10,15 km/h
N° Peito - 619
Colocação Masculino - 215°  de 346
Colocação Categoria - 15º de 18



Avaliação da prova
Percurso - Em maratonas, o mais difícil do Brasil, pude sentir isso em cada subida, foram muitos sobe e desce, fora o calor que atrapalha. A largada é no mirante da Itaipu Binacional, passando pelo centro da cidade e chegando nas Cataratas do Iguaçu.
Hidratação - ideal, água a cada 3km, e isotônicos, Coca-Cola e frutas a cada 9km.
Medalha - Fraca, em se tratando de Maratona, tamanho padronizado, personalizada com o nome da prova, só faltou a data e a edição da prova.
Organização - Muito Boa, pois o pessoal do SESC organiza o evento com maestria, estão de parabéns. Teve marcação dos resultados com chip de cronometragem.
Inscrição - Ideal! antecipada era R$40,00 e depois R$70,00. Para comerciários custava metade do preço.
Premiação - Muito boa, com troféus e dinheiro para elite e para os 5 primeiros em cada categoria, parabéns!
Concluintes -  426 (80 mulheres, 346 homens).  
 
RESULTADOS:
 

 
Antes da largada
 

Josiel, eu e Alzemar 
Eu, de azul na direita dentro da Itaipu

Alzemar a esquerda

No km 41


As lindas Cataratas


 
 
 
 
Após mais um desafio
 
 O trio após a maratona
 
 
 
 
 
 

2 comentários:

  1. Robson,
    Parabéns por haver concluído a maratona mais difícil do Brasil com RP nos 42 Km. Tentei localizá-lo antes da largada para uma foto. Quem sabe em uma nova oportunidade. Ultra abraço e bons treinos!!!

    Dionisio Silvestre
    http://correrpurapaixao.blogspot.com.br

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  2. E aí Robson, parabéns pelo desafio !!!

    Na próxima já sairá o sub 4h.

    Abcs,

    Rodrigo Augusto
    corridaderuams.blogspot.com.br

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