Treinos específicos consistem na escolha de subidas onde o atleta faz uma sequência de estímulos repetidos
Foto: Getty Images
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na
busca das melhores marcas e recordes pessoais, tanto em corridas
rústicas como em triathlons, muitos atletas aumentam a intensidade de
seus estímulos nos treinos intervalados, o que na maioria das vezes dá
algum resultado, mas frequentemente se esquecem de que a força muscular
também é, além da velocidade, uma capacidade física fundamental para
atletas de resistência. Não é de hoje que os melhores treinadores e
atletas do mundo sabem da importância dos treinos de força para melhora
da performance.
E
quando falamos de aumento dos níveis de força para corredores e
triatletas, não estamos, necessariamente, falando de trabalho com pesos
na academia, mas sim de incluir sessões de corrida específicas na rotina
do atleta, visto que muitos não gostam ou não tem acesso a esses
ambientes fechados e acreditam que a sensação de liberdade proporcionada
pela corrida é o que a torna uma atividade corporal tão especial.
Esses
treinos específicos consistem na escolha de subidas onde o atleta possa
fazer uma sequência de estímulos repetidos, utilizando a descida como
forma de recuperação. Entretanto o atleta deve estar atento às
características das subidas, que devem atender aos objetivos propostos
pela preparação. O treino de subida deve proporcionar uma melhora da
condição anaeróbia do corredor/triatleta e, por extensão, sua capacidade
de sustentar determinada velocidade por um período mais prolongado.
De
uma modo geral, as distâncias das subidas podem variar de 100 a 400m,
com inclinação entre 3 e 8%. O número de repetições vai variar de 8 a
20, dependendo das subidas escolhidas. Tais características já serão
suficientes para o alcance de praticamente todos os objetivos da
preparação de força.
Mas
antes de introduzir esse tipo de treino na rotina do atleta, é
importante que ele já tenha minimamente uma base aeróbia e alguma
“rodagem” nas pernas. Outro fator decisivo para o sucesso com essas
sessões é saber incluí-la dentro da planilha, pois como é um treino com
intensidade e desgaste elevado, é importante chegar para treinar com uma
fadiga controlada para render o suficiente e não comprometer a
recuperação pós-treino com outros estímulos árduos nas sessões
seguintes.
Tomados
esses cuidados, o atleta deve saber que nesses treinos, não se trata de
correr a toda velocidade e chegar esbaforido lá no alto. A velocidade
de subida deve ser em torno de 70% do seu ritmo médio para provas de
10km, o que provavelmente vai equivaler a um esforço moderado/forte.
Lembrando-se sempre de manter uma boa postura e buscar uma corrida
“natural”. O atleta precisa aprender a correr em aclive e não fazer
disso um tormento! O retorno ao ponto de partida deve ser feito em um
trote bem leve.
Esse
tipo de treino beneficia atletas em provas de todas as distâncias e
devemos encará-los como um aliado, um desafio a mais para otimizar nossa
preparação.
Treinar
em subidas, portanto, deve fazer parte da alegre rotina de treinar e o
desconforto muscular será recompensado por um condicionamento físico
mais apurado e pela possibilidade de superar seus limites!
Bons treinos!
Fonte: http://www.ativo.com/Esportes/Pages/ganheforcanaspernascorrendoemsubidas.aspx
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