sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Parte 4 - Treinamento - Princípios Gerais

60 Dicas de Ouro para Corredores
Compiladas por
Osvaldo Maldonado Sanches

Atleta vinculado à ABRAVA e ABRAM

Parte 4 - Treinamento - Princípios Gerais


Respeite seu Corpo e sua Idade: Para que se possa treinar bem e tirar bom proveito dos treinos é essencial respeitar os imperativos de sua idade, a progressividade nos treinamentos e os limites do corpo, bem como, levar em conta o seu nível atual de condicionamento; o seu estágio de recuperação em relação a lesões recentes; e o grau de adequação da pista que usa para seus treinamentos. Sobretudo, observar que o descanso e o sono são tão importantes para seu progresso quanto são os seus treinos, pois é durante esses intervalos que o organismo fortalece os músculos e reforça as demais estruturas exigidas na modalidade esportiva que você pratica. As demandas por descanso variam de pessoa a pessoa, mas elas se ampliam com a idade. Até por volta dos 40 anos é razoável correr seis dias, na faixa dos 50, apenas cinco dias, na dos 60, quatro dias por semana e acima dos 70, apenas três dias. Nos demais dias são saudáveis práticas como musculação, ciclismo e natação, mas, também aqui, com a devida moderação.

Para Bons Resultados, Bons Fundamentos: Para obter resultados estáveis em seu programa de treinamento é necessário construir uma sólida fundação. Inicie pelo atingimento de uma marca adequada de quilometragem semanal (a qual será variável, dependendo de sua meta). Somente depois disso adicione os treinos em ladeiras (uma vez por semana), de ritmo, de velocidade e, finalmente, os de estratégia de corrida. Lembre-se que, em corridas, a regularidade dos treinos é mais importante do que treinos ocasionais em longos percursos. Mesmo na preparação para provas mais longas, não adianta fazer 25 km num dia e depois ficar três ou quatro dias sem correr. É por essa razão que o atleta não deve aumentar sua “quilometragem” semanal em mais do que 10%. O mais recomendável é que, depois de uma certa base, ele a aumente numa semana e a reduza na seguinte. Por exemplo: Semana 1: 30 km; Semana 2: 27 km; Semana 3: 33 km; Semana 4: 30 km; semana 5: 37 km; e assim por diante ...

Resistência Depende de Regularidade, de Gradualismo e de Esforço: Não basta achar-se atleta (toda pessoa o é em potencial) é preciso treinar. Os treinos devem respeitar as diretrizes de cautela, gradualismo, aquecimento e adequado uso dos equipamentos, mas também ao princípio de que, em parte dos treinos é preciso exceder os limites para obter ganhos relevantes, ou seja, se o atleta fizer todos os seus treinos na faixa de conforto pessoal, não irá se preparar para melhorar significativamente o seu desempenho. Como observa Clarence DeMar (várias vezes campeão da Maratona de Boston): “É irrelevante discutir se o atleta deve correr com os calcanhares ou na ponta dos pés ... o que importa mesmo é a resistência e como obtê-la”.

Tudo conta, mas Qualidade Conta Muito Mais: Tudo o que se faz como treinamento conta para a obtenção de um melhor condicionamento, inclusive os quilômetros corridos lentamente como aquecimento ou “rodados” em dias alternados com os dias de treinos mais fortes. Porém, depois de construída a sua base (entende-se por “base” algo como: “capacidade de correr mais de 40 km por semana, com ritmo cardíaco inferior a 85% de sua freqüência cardíaca máxima, por várias semanas seguidas.”), cerca de uma quarta parte de sua “quilometragem” semanal deverá ser constituída por “corridas de qualidade”, ou seja, por corridas em ritmo similar ao adotado nas competições. Isso pode ser feito intercalando trechos mais velozes (“tiros”) nos seus vários treinos ou correndo um trecho nesse ritmo após o devido aquecimento.

Dose Bem os “Tiros” e Seja Paciente: Para adquirir maior velocidade é importante praticar “tiros”. Mas, também aqui, a correta dosagem do treinamento é fator básico para o sucesso. Exceto para atletas de alto desempenho – cujo plano de treinamento tende a ser mais severo –, uma fórmula razoável é a de realizar, durante um treino de 5 km, de 3 a 5 “tiros” de 400 a 800 m, com um curto intervalo de trote ou corrida lenta entre eles (para que a freqüência cardíaca do atleta baixe para o ponto médio da FIT). Porém, o atleta deve ser paciente, não esperando resultados imediatos desses treinos de força, dado que, de um modo geral, tais só começam a aparecer depois de 6 a 10 treinos bem dosados e intercalados com o devido repouso. Outra forma funcional de realizar os tiros é iniciar, após o devido aquecimento, com “tiro” de 200 m, intervalar (baixar freqüência cardíaca); tiro de 300 m, intervalar; tiro de 500 m, intervalar; tiro de 800 m, intervalar; tiro de 1.200 m, intervalar; tiro de 800 m, intervalar; tiro de 500 m, etc. ...

Mantenha-se Relaxado Durante as Corridas: Durante as suas corridas (seja em treinos ou em competições) mantenha a sua face, ombros, braços e mãos descontraídos e relaxados. Balance os braços e as mãos, sem exagero, a cada 10 ou 15 minutos, para ajudar a manter-se relaxado. Nas corridas mais longas, de tempos em tempos balance a cabeça, quatro ou cinco vezes (mas sem exagerar) para a direita e para a esquerda, para cima e para baixo, para reduzir a tensão sobre os músculos do pescoço e dos ombros. Jamais carregue algo em suas mãos durante as corridas ou corra com as mãos contraídas. Mantenha as mãos relaxadas, como se você estivesse protegendo um pequeno ovo na palma de cada mão. Quanto às suas chaves, deixe-as no carro e amarre a chave do carro no cordão do calção, no boné ou no cadarço do calçado.

Fonte: http://www.calendarioamigavel.org/diversos.htm

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