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Dicas de Ouro para Corredores
Compiladas
por Osvaldo Maldonado Sanches Atleta vinculado à ABRAVA e ABRAM |
Parte 5 - Hidratação
Hidrate-se antes, durante e depois o exercício:
Não é suficiente que o atleta se hidrate antes e depois da corrida. Em
treinos e corridas de maior duração (mais de 50 minutos) ou realizadas
em dias muitos quentes é preciso que se hidrate também durante a
corrida. Mas não deve fazê-lo apenas durante as corridas - ainda que o
faça em todos os postos de água - pois sem hidratar-se antes e depois,
por certo ele se defrontará com náuseas e outras formas de mal estar.
Importa lembrar que: a) segundo as pesquisas científicas uma perda de
líquido de 3% é suficiente para comprometer o rendimento do atleta; b) o
organismo (esteja frio ou calor) necessita líquidos para regular o
calor do corpo, para lubrificar as juntas, tendões e ligamentos e para
carregar os componentes do sangue aos músculos e órgãos vitais.
Use, SEMPRE, repositores eletrolíticos (hidratantes isotônicos):
Em corridas de longa distância (com duração superior a 50 minutos) o
atleta tende a se tornar desidratado, perdendo, além de líquido extra e
intracelular, vários componentes do sangue essenciais ao bom
funcionamento do organismo, tais como: sódio, zinco, potássio, magnésio e
cálcio. Como tais elementos não se acham presentes, de modo expressivo,
na água, é essencial que o atleta compense essas perdas, ingerindo
(antes, durante e depois do exercício) quantidades adequadas de bebidas
isotônicas (gatorade, squeeze, sports drink, etc.), pois tais ajudam
evitar/adiar a desidratação. Tendo em vista que durante os exercícios
prolongados os mecanismos da sede nem sempre funcionam bem, o atleta
deve ingerir algo como 350 ml (1/3 de litro) de bebida isotônica antes
do exercício longos, cerca de 200 ml (1/5 de litro) a cada 20 ou 30
minutos de corrida, e cerca de 400 ml após as corridas. Cumpre observar
que na medida em que o estado de desidratação vai se instalando o
organismo passa a levar menos oxigênio e energia para os músculos, tendo
por conseqüência a queda de rendimento, a ocorrência de câimbras, os
desfalecimentos, etc.
Hidrate-se bem, mas não exagere:
Estudos recentes demonstram que a excessiva ingestão de líquido
(sobretudo de água) durante as corridas é altamente prejudicial. Se o
atleta tomar água em excesso, em especial nas corridas com duração
superior a duas horas, poderá desenvolver a condição conhecida por
"hiponatremia", que designa a insuficiência de sódio no sangue. Ao
transpirar bastante, durante muito tempo, o atleta perde muito dos sais
básicos de seu sangue (em especial o sódio), os quais não são repostos
pela simples ingestão de água, além do fato de que essa, ao entrar no
sangue, dilui ainda mais o sódio restante. O desequilíbrio nos sais
básicos provoca fadiga, fraqueza, náuseas, tonturas, etc., podendo, em
casos graves, levar à morte. Portanto, em sua reidratação, o atleta não
deve se limitar à água, ingerindo quantidades adequadas de bebidas
isotônicas. Em relação à quantidade, ele deve achar o seu ponto de
equilíbrio e passar a pautar-se por ele. Porém, deve ter sempre presente
que se ele chegou a sentir sede isso é uma evidência de que já está
começando a ficar desidratado.
Em maratonas aumente a sua hidratação:
Em maratonas e corridas de duração assemelhada, ou superior, é
necessário cuidar ainda mais da hidratação. Assim, além de assegurar
adequada ingestão de líquidos nos três dias precedentes, o atleta deve
beber pelo menos 500 ml (meio litro) de líquido na segunda hora que
antecede a corrida (pelo menos 1/3 desse total sob a forma de bebida
isotônica); e outros 500 ml de líquido na hora anterior ao início da
corrida. Durante a corrida deverá beber 200-300 ml (1 copo) de líquido
cada 15-20 minutos ao longo do percurso (revezando o consumo de água com
o de bebidas isotônicas). Além disso, ressalvado se ele tiver pressão
alta ou alguma outra restrição ao consumo de sal, deve aumentar (sem
exagerar) a quantidade de sal nos seus alimentos nos dias que antecedem a
prova.
Se preferir, faça o seu isotônico, mas não deixe de usar:
Em corridas, sobretudo nas com duração superior a 50 minutos, a
reidratação é fundamental para o rendimento e para a saúde do atleta. Se
esse preferir não utilizar os reidratantes comerciais (Gatorade e
similares), que faça a sua própria bebida isotônica. Existem várias
receitas para tanto, uma das quais a fornecida pelo treinador Henrique
Viana, qual seja: adicionar, a um litro de água mineral, um envelope de
"Rehidrat 90" (sais minerais, inclusive sódio) e 75 a 100 gramas de
açúcar "Destrosol". Tomar meio copo (150 ml) a cada 5 km (ou 25 / 30
minutos), além da água. Conservar esse preparado na geladeira e consumir
dentro de três dias. Porém, não esquecer que além da reidratação ele
precisa fazer a reposição de carboidratos e proteínas, como assinalado
na Parte I destas "dicas".
Fiscalize a cor de sua urina:
A desidratação tem uma série de efeitos danosos sobre o organismo,
sendo, inclusive, causa freqüente de enxaquecas durante a tarde.
Dependendo da massa corporal da pessoa e da quantidade que ela transpira
durante os exercícios, a ingestão diária de líquidos (inclusive dos
providos por frutas, bebidas e alimentos) deve ser em torno de 8 a 14
copos (de 300 ml) por dia. No caso de pessoas saudáveis, para saber se a
hidratação está sendo feita corretamente basta observar a cor da
própria urina. Se ela estiver tendendo para a cor âmbar, em vez da cor
amarelo claro, isso será um sinal evidente de que é necessário ingerir
mais líquidos.
Fonte: http://www.calendarioamigavel.org/diversos.htm
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